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sábado, 27 de junho de 2015

Espiritualidade

Sobre espiritualidade e fé
Luciano Palm
 
         Espiritualidade é humana, fé é subjetiva. Religião, enquanto instituição criada em torno de um credo de uma civilização ou cultura específica, é ainda outra coisa distinta tanto da espiritualidade quanto da fé. E há aqueles que esbravejam aqui a nossa volta, cuspindo em labaredas de fúria, intolerância, incompreensão, preconceito e ignorância em nome de JESUS CRISTO. Lembrem-se, os romanos tentaram aprisioná-lo primeiramente, transformando-o em católico, posteriormente os protestantes luteranos, calvinistas, presbiterianos procuraram ter a propriedade fidedigna de Seus ensinamentos, agora neste fenômeno contemporâneo (séc. XX), todas as igrejas evangélicas protestantes pentecostais buscam enfurecidamente o mesmo e velho monopólio de CRISTO  e seus ensinamentos.
            Porém, insisto: ELE não vos pertence (nem aos católicos, nem aos protestantes de todo tipo, nem aos evangélicos pentecostais); o máximo (e o melhor) que podemos fazer é partilhar e pôr em prática a COMPAIXÃO, a SOLIDARIEDADE e a FRATERNIDADE expressas através de SEUS ensinamentos e práticas. Ah,e por favor irmãos, não digam que não sou digno de pronunciar o nome de CRISTO (simplesmente porque não sigo sua cartilha alucinada de adestramento servil e hipocrisia velada). CRISTO, é expressão pura do AMOR FRATERNO E UNIVERSAL, não propriedade de uma instituição qualquer; que em muitos aspectos é tão ou mais profana do que qualquer um de nós, seres humanos. 
             CRISTO, assim como a espiritualidade, transcendem a qualquer subjetividade ou institucionalidade; é humano, na medida em que o AMOR se expressa através do filho (e cada um de nós é este filho, daí a necessidade de bem compreender a parábola que diz: "Ninguém chega ao Pai (Deus), senão por Mim (filho)", ou seja, não alcançaremos o DIVINO, sem antes O encontrarmos em nós mesmos); é igualmente DIVINO, na medida em que busca transcender a mera materialidade e animalidade rumo à sabedoria do AMOR UNIVERSAL E FRATERNO.
          Sobretudo, CRISTO é uma das expressões de DEUS, do DIVINO (ou seja, do indizível, do sem nome, da totalidade, em uma palavra, da CONSCIÊNCIA PURA). Se chamarmos a Deus de CRISTO, SHIVA, KRISHNA, BUDA, ALAH, JAH, RAMA, MAHADEVA, BRAHMA, JEOVÁ... e tantos nomes quanto quisermos, ELE certamente não fará a mínima diferença, contanto que vivamos conscientemente a dimensão do divino que cada qual expressa com pureza de espírito e sinceridade.
           Então, humana- e fraternamente vivamos e cultivemos nossa espiritualidade com profundidade e consciência; sempre cientes de que, por vezes, por nossas limitações, chamaremos por nomes diferente as mesmas coisas (ou coisas complementares). No entanto, estejamos sempre em comunhão fraterna na grande comunidade humana e planetária. Saiamos dos templos, ou melhor, façamos do mundo e da vida nosso templo mais sagrado e que cada palavra que saia de nossas bocas seja uma verdadeira oração à vida que invoque: SABEDORIA, COMPREENSÃO, SOLIDARIEDADE, FRATERNIDADE E PAZ, então estaremos rumando a passos firmes ao verdadeiro reino do AMOR UNIVERSAL.

NAMASTÊ _/\_!

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