Flores pelo caminho
Luciano Palm
Hoje vejo,
por entre brumas e uma densa névoa de tristezas,
meu amor escorrer por entre os dedos.
Aparentemente,
tudo o que resta é indiferença,
melancolia e muitas,
muitas, muitas e saudosas lembranças
de um tempo que se foi
e que hoje amarga solitário
nas sargetas do passado.
Contudo,
outras primaveras virão,
para mim e para ti.
E as flores pelo caminho,
continuarão para sempre lá.
Pois,
para o coração,
assim como,
para a consciência
e para a psiquê,
o tempo não segue uma marcha linear e
a qualquer momento,
as lembranças
poderão reacender as experiências vividas,
com a mesma força e intensidade
de quando foram vivenciadas em ato.
E então,
nos alegraremos e sofreremos novamente,
como se as tivéssemos vivenciado ontem
ou a poucos minutos atrás.
OBS.: A impressão que motivou este poema não está mais presente (ainda bem (risos)), certamente, a insonia colaborou muito para que tal impressão ocorresse. Quando sofremos com os males do sono, todas as nossas funções e faculdades são prejudicadas, uma noite mal-dormida é a chave para o desentendimento e para a confusão. No entanto, achei que o resultado estético do poema tenha sido interessante, o achei bonito, por isso resolvi postá-lo assim mesmo.
apesar da discordancia, sim, com certeza é um lindooooo poema!!
ResponderExcluirsò concordo com a tua obsrvaçao final hehehehhe