Poeira da estrada
Luciano Palm
O choro é a expressão da dor,
o riso é a expressão da alegria.
O gemido é a repressão do gozo,
o ranger dos dentes é a repressão da raiva.
O grito é a dimensão da angústia,
o sussurro é a dimensão do medo.
O beijo é a confissão do amor,
o abraço,
a consumação do encontro.
E o silêncio...
é o palco de tudo,
do sentido e do imperceptível,
do bem dito e do mal dito,
do bem dito e do mal dito,
do compreendido e do desvairado,
dos encontros e desencontros,
do encanto e do desencanto,
do vivido e do esquecido...
deixado para trás,
para depois,
para sempre,
perdido na poeira da estrada.
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