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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Roda Viva

Roda Viva
Luciano Palm
          Perdemos muito tempo de nossas vidas de maneira equivocada, produzimos muitas coisas desnecessárias, trabalhamos de forma a não sentirmos prazer e satisfação com o que fazemos, nos consumimos em preocupações em relação a como pagar nossas contas (a maioria gerada na compra de coisas fúteis) e outras vãs tolices. A vida, por si só já passa tão rápido, e estranhamente fazemos de tudo para acelerá-la ainda mais, vivemos num ritmo frenético, nos cercamos de hábitos equivocados que tolhem mais alguns anos de nossas vidas.
         Amor, amizade, paz, equilíbrio, harmonia, compreensão, cooperação, paz de espírito (ataraxia); revoluções internas promovem inevitavelmente revoluções externas, "o mundo é representação da vontade" (balbucia rabugento no canto do século XIX o velho Arthur (Schopenhauer), certo de ter sido mau compreendido outra vez). Todo obstáculo que impeça uma transformação interna, acaba se tornando inevitavelmente um obstáculo para uma transformação externa. Vícios, maus hábitos, costumes equivocados, são todas questões a serem aprimoradas e superadas todos os dias, a criatividade e a capacidade de reinvenção são hoje talvez as habilidades mais fundamentais na jornada do ser humano contemporâneo.
          
             Mas por que escrever estas tolices todas? Não sei, mas acredito que escrever seja uma forma de dizer em segredo algo para si mesmo; sim, em segredo, pois as vezes, nem mesmo nós sabemos aquilo que as letras que vão se construindo a nossa frente nos dizem. E como todos adoramos um fuxico, consagremo-nos com nossos segredos íntimos, dialoguemos com nossos "fantasmas", confraternizemo-nos com eles, pois, é a única forma de vivermos em harmonia.

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